Na manhã desta quinta-feira, cerca de 50 representantes e gestores da saúde em Santa Maria se reuniram, no auditório do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, para discutir sobre o coronavírus e traçar um fluxo de atendimento que garanta a segurança dos pacientes e profissionais da área aos possíveis casos suspeitos que por ventura cheguem à cidade.
Brasil registra nove casos de suspeita de coronavírus
De acordo com a médica infectologista Jane Costa, um protocolo base foi montado e estabelecidas as primeiras estratégias de implantação de um plano de contingenciamento local. Na próxima segunda-feira, às 19h, ocorre uma capacitação técnica com os profissionais da saúde da Universidade Franciscana de Santa Maria (UFN) para orientar sobre as medidas preventivas à doença, que abrange o atendimento hospitalar em nível federal, estadual e municipal.
NO RIO GRANDE DO SUL
A Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro Estadual de Vigilância (Cevs), mantém, nesta quinta-feira, dois casos de possível infecção por coronavírus. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde. Os dois casos foram notificados pelos municípios de Novo Hamburgo e Gravataí. Outras quatro situações no Rio Grande do Sul já foram descartadas ou excluídas, em residentes nas cidades de São Leopoldo (dois casos) e Dois Irmãos (dois casos).
Caso suspeito em São Leopoldo não era coronavirus
Em Novo Hamburgo, o caso refere-se a um homem de 54 anos que reside em Hong Kong, que foi atendido durante estadia na cidade. O segundo é uma mulher de 27 anos de Gravataí que esteve em viagem à China. Ambos apresentaram o quadro de febre atrelada a um sintoma respiratório (tosse ou dificuldade de respirar) mas sem a necessidade de internação hospitalar. Aos dois foi recomendado o isolamento domiciliar e as vigilâncias municipais dos municípios e do Estado mantêm monitoramento dos casos.
Os dois casos já estão em análise pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) para o painel de vírus respiratórios de competência do local, como influenza, parainfluenza, adenovírus entre outros. Em paralelo, amostras de secreção respiratória também foram encaminhadas para o laboratório de referência para análise do coronavírus, a Fiocruz no Rio de Janeiro.
Hoje, é considerado como suspeito a pessoa que nos últimos 14 dias tenha tido viagem para a China e que venha a apresentar febre acompanhada de algum sintoma respiratório (tosse ou dificuldade para respirar) ou aquela pessoa que tenha tido contato com um caso suspeito e também tenha apresentado esse quadro clínico.
A população e os profissionais de saúde do RS podem entrar em contato para esclarecimentos de dúvidas e notificações por meio do telefone 150 do Disque Vigilância, ou e-mail disquevigilancia@saude.rs.gov.br.
*Com informações da Secretária de Saúde do Estado